terça-feira, 15 de julho de 2025

A IDADE DOURADA - GRATIDÃO E O BANQUETE DA SABEDORIA TEXTO SOBRE A VELHICE II

 

Ah, a velhice! Não um fardo, mas a coroa de louros de uma vida bem vivida, o banquete farto de experiências e a doçura da gratidão por cada amanhecer que nos foi concedido. É a idade dourada, onde a pressa se dissolve e a alma encontra a paz para contemplar a beleza do caminho percorrido. Cada ano que se soma não é um peso, mas um presente, um tesouro de memórias e lições que nos moldaram.

Com os cabelos prateados e o olhar sereno, a vida se revela em sua plenitude, desprovida dos véus da ilusão. Há uma clareza que só a longevidade pode oferecer, uma compreensão profunda da impermanência e da preciosidade de cada instante. A sabedoria não é mais algo a ser buscado avidamente, mas uma fonte que jorra naturalmente, fruto de um jardim cultivado com paciência e amor. 

E que imensa gratidão inunda o coração por ter chegado a este porto seguro! Gratidão pelos risos, pelas lágrimas, pelos desafios que nos fizeram mais fortes e pelas alegrias que nos fizeram transbordar. Gratidão pelos amores que nos aqueceram, pelas amizades que nos sustentaram, pela família que é nosso alicerce. Cada passo, cada tropeço, cada vitória, tudo se entrelaça em uma tapeçaria rica e única. 

Agora, o tempo se desdobra em oportunidades para saborear a quietude, para ler com deleite, para ouvir com atenção e para compartilhar com generosidade. A velhice é o tempo de colher os frutos da vida, de desfrutar da companhia daqueles que amamos e de contemplar o legado que deixamos. É a certeza de que cada dia é uma bênção, um convite para viver com plenitude, com a alma leve e o coração transbordando de gratidão por essa jornada extraordinária. 

© Alberto Araújo






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