São eles, meus conterrâneos piauienses, que habitam o coração do verbo como quem planta palavras na terra quente do Piauí, onde o sol amadurece versos e até a secura floresce em poesia. São vozes que ecoam do sertão às margens do Parnaíba, do silêncio da pedra ao canto das cigarras, transformando memórias, dores e esperanças em eternidade de palavra.
Da
Costa e Silva cantou o vale e o Parnaíba com ternura infinita.
Fontes
Ibiapina ergueu versos de luta e esperança.
H.
Dobal vestiu de lirismo as ruas de Teresina e as memórias do menino.
Cineas
Santos guardou afetos em relicários de prosa.
Assis
Brasil costurou gerações com linhas de história.
Torquato
Neto incendiou palavras com a rebeldia tropicalista.
Climério
Ferreira sussurrou delicadezas como quem colhe brisas.
Alcenor
Candeira Filho navegou lendas do velho Parnaíba.
Elmar
Carvalho construiu pontes entre passado e presente.
Jesualdo
Cavalcanti Barros fez da palavra caminho de encontro.
E
tantos outros que florescem e seguem escrevendo a alma do Piauí:
Francisco
Miguel de Moura, onde crítica e poesia se abraçam.
Diego
Mendes Sousa, que veste versos novos com a pele da contemporaneidade.
Dílson
Lages Monteiro, que costura memória e modernidade.
Concita
Cordeiro, que escreve com a força da mulher que gera vida com beleza — a mesma
que a fez Miss Piauí e primeira Miss Simpatia em 1977.
Francisco
Da Cunha Silva e Filho, que transforma palavra em espelho de identidade.
Fides
Angélica de Castro Veloso Mendes Ommati, primeira mulher a presidir a APL em
seus 106 anos de história.
Professor
Romero, que fez do Salão do Livro do Piauí uma ponte de paixão pela leitura.
Felipe
Mendes de Oliveira, a Economia unindo a Educação.
Teresinha
de Jesus Mesquita Queiroz, a História pulsando em suas mãos.
Zózimo
Tavares Mendes, reflexões e imortalidade.
Rubervan
Du Nascimento, que faz poesia florescer mesmo no solo mais árido.
Luiz
Ayrton Santos Júnior, que canta o Nordeste com alma acesa.
Cacá
Pereira, verbo feito de simplicidade e beleza.
Cid
Teixeira de Abreu, palavra que ilumina caminhos.
Elias
Paz e Silva, memória viva em forma de verso.
Élio
Ferreira, que entrelaça história e poesia.
Félix
Pacheco, que levou o nome do Piauí além das fronteiras.
Francisca
Miriam, voz feminina que traduz delicadeza.
Graça
Vilhena, ternura costurada em cada linha.
Hardi
Filho, lembranças que viram narrativa.
Jonas
da Silva, resistência feita de língua e verso.
José
Pereira Bezerra, guardião de memórias piauienses.
Leonardo
de Nossa Senhora das Dores Castelo Branco, que uniu história e palavra.
Licurgo
de Paiva, elegância no traço do verbo.
Lívio
Lopes Castelo Branco e Silva, que ergueu monumentos com palavras.
Makely
Ka, poesia viva entre melodia e silêncio.
Mário
Faustino, voz que ecoa para além do tempo.
Marleide
Lins, toque suave sobre feridas e afetos.
Menezes
Y Morais, força da identidade piauiense.
O.
G. Rego de Carvalho, cronista da alma sertaneja.
Paulo
Henrique Couto Machado, beleza encontrada no cotidiano.
Paulo
de Tarso Moraes, verso que germina como semente.
Pedro
Monteiro, cordelista que semeia cultura popular.
Pedro
Nonato da Costa, palavra que nasce da terra vermelha.
William
Melo Soares, ponte de afeto feita de frase.
E
os meus mais conterrâneos, porque nasceram na mesma Luzilândia que me fez
menino:
Ivanildo
Di Deus, poeta luzilandense que planta beleza no chão da memória e do afeto.
João
Pinto, que escreve com o coração voltado à terra natal.
Emerson Moura, que revive as raízes e essências da história de nossa Luzilândia.
E entre essas vozes, presente estou também: Alberto Araújo, poeta lírico, guiado pela essência da beleza e da memória, como tão bem disse o professor piauiense Francisco Da Cunha Silva e Filho.
Hoje estou em terras fluminenses, mas o coração voa instantaneamente às minhas origens, às raízes piauienses.
Eles são todos artesãos do verbo, lavram frases como quem ara esperança, florescem mesmo sob o sol ardente e lembram ao mundo que o Piauí também é feito de letras, lembrança e resistência.
E nós, filhos dessa mesma terra, nos reconhecemos neles e nos arpejamos da essência nordestina, como quem retorna ao quintal antigo e reencontra o cheiro de café, o rumor do Parnaíba e a cantiga do vento que nunca se perde.
No coração do verbo, vivem meus conterrâneos piauienses: poetas, cronistas, romancistas e cantadores de alma infinita, guardiões da memória que nem o tempo pode apagar.
©
Alberto Araújo
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