quarta-feira, 30 de julho de 2025

NO CORAÇÃO DO VERBO II - PROSA POÉTICA DE ALBERTO ARAÚJO

São eles, meus conterrâneos piauienses, que habitam o coração do verbo como quem planta palavras na terra quente do Piauí, onde o sol amadurece versos e até a secura floresce em poesia. São vozes que ecoam do sertão às margens do Parnaíba, do silêncio da pedra ao canto das cigarras, transformando memórias, dores e esperanças em eternidade de palavra. 

Da Costa e Silva cantou o vale e o Parnaíba com ternura infinita.

Fontes Ibiapina ergueu versos de luta e esperança.

H. Dobal vestiu de lirismo as ruas de Teresina e as memórias do menino.

Cineas Santos guardou afetos em relicários de prosa.

Assis Brasil costurou gerações com linhas de história.

Torquato Neto incendiou palavras com a rebeldia tropicalista.

Climério Ferreira sussurrou delicadezas como quem colhe brisas.

Alcenor Candeira Filho navegou lendas do velho Parnaíba.

Elmar Carvalho construiu pontes entre passado e presente.

Jesualdo Cavalcanti Barros fez da palavra caminho de encontro.

E tantos outros que florescem e seguem escrevendo a alma do Piauí:

Francisco Miguel de Moura, onde crítica e poesia se abraçam.

Diego Mendes Sousa, que veste versos novos com a pele da contemporaneidade.

Dílson Lages Monteiro, que costura memória e modernidade.

Concita Cordeiro, que escreve com a força da mulher que gera vida com beleza — a mesma que a fez Miss Piauí e primeira Miss Simpatia em 1977.

Francisco Da Cunha Silva e Filho, que transforma palavra em espelho de identidade.

Fides Angélica de Castro Veloso Mendes Ommati, primeira mulher a presidir a APL em seus 106 anos de história.

Professor Romero, que fez do Salão do Livro do Piauí uma ponte de paixão pela leitura.

Felipe Mendes de Oliveira, a Economia unindo a Educação.

Teresinha de Jesus Mesquita Queiroz, a História pulsando em suas mãos.

Zózimo Tavares Mendes, reflexões e imortalidade.

Rubervan Du Nascimento, que faz poesia florescer mesmo no solo mais árido.

Luiz Ayrton Santos Júnior, que canta o Nordeste com alma acesa.

Cacá Pereira, verbo feito de simplicidade e beleza.

Cid Teixeira de Abreu, palavra que ilumina caminhos.

Elias Paz e Silva, memória viva em forma de verso.

Élio Ferreira, que entrelaça história e poesia.

Félix Pacheco, que levou o nome do Piauí além das fronteiras.

Francisca Miriam, voz feminina que traduz delicadeza.

Graça Vilhena, ternura costurada em cada linha.

Hardi Filho, lembranças que viram narrativa.

Jonas da Silva, resistência feita de língua e verso.

José Pereira Bezerra, guardião de memórias piauienses.

Leonardo de Nossa Senhora das Dores Castelo Branco, que uniu história e palavra.

Licurgo de Paiva, elegância no traço do verbo.

Lívio Lopes Castelo Branco e Silva, que ergueu monumentos com palavras.

Makely Ka, poesia viva entre melodia e silêncio.

Mário Faustino, voz que ecoa para além do tempo.

Marleide Lins, toque suave sobre feridas e afetos.

Menezes Y Morais, força da identidade piauiense.

O. G. Rego de Carvalho, cronista da alma sertaneja.

Paulo Henrique Couto Machado, beleza encontrada no cotidiano.

Paulo de Tarso Moraes, verso que germina como semente.

Pedro Monteiro, cordelista que semeia cultura popular.

Pedro Nonato da Costa, palavra que nasce da terra vermelha.

William Melo Soares, ponte de afeto feita de frase.

 

E os meus mais conterrâneos, porque nasceram na mesma Luzilândia que me fez menino:

Ivanildo Di Deus, poeta luzilandense que planta beleza no chão da memória e do afeto.

João Pinto, que escreve com o coração voltado à terra natal.

Emerson Moura, que revive as raízes e essências da história de nossa Luzilândia. 

E entre essas vozes, presente estou também: Alberto Araújo, poeta lírico, guiado pela essência da beleza e da memória, como tão bem disse o professor piauiense Francisco Da Cunha Silva e Filho.

Hoje estou em terras fluminenses, mas o coração voa instantaneamente às minhas origens, às raízes piauienses.

Eles são todos artesãos do verbo, lavram frases como quem ara esperança, florescem mesmo sob o sol ardente e lembram ao mundo que o Piauí também é feito de letras, lembrança e resistência. 

E nós, filhos dessa mesma terra, nos reconhecemos neles e nos arpejamos da essência nordestina, como quem retorna ao quintal antigo e reencontra o cheiro de café, o rumor do Parnaíba e a cantiga do vento que nunca se perde. 

No coração do verbo, vivem meus conterrâneos piauienses: poetas, cronistas, romancistas e cantadores de alma infinita, guardiões da memória que nem o tempo pode apagar. 

© Alberto Araújo




 

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