sábado, 26 de julho de 2025

ATÉ SE CONFUNDIR COM O AMOR @ ALBERTO ARAÚJO PARAFRASEANDO CLARICE LISPECTOR


“Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.”

— Clarice Lispector 

Paráfrase inspirada na epígrafe acima, um mergulho livre no mesmo espírito de entrega, sem medo, ao amor e à vida.

Há dias em que a vida pede mais do que passos cautelosos: exige peito aberto, olhos firmes na vertigem e coragem de mergulhar sem saber se a água será doce ou salgada.

O amor, então, deixa de ser palavra e passa a ser respiração, gesto e silêncio. Ele se faz presença no que doamos sem pensar, no abraço que demora, na espera que não cobra retorno. Há quem tema esse excesso, mas a verdade é que o amor só transborda quando encontra quem não teme perder-se dentro dele. 

E no instante em que nos tornamos parte desse mistério, descobrimos que não há nada mais inteiro do que ser um pouco amor também. 

Viva o amor até se confundir com ele. E quando parecer demais se lembre: quem ama de verdade não teme o excesso, mas a falta. 

© Alberto Araújo


Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.”

— Clarice Lispector

A frase de Clarice Lispector aparece no romance Perto do Coração Selvagem, de Clarice Lispector, publicado originalmente em dezembro de 1943 e reeditado pela Editora Rocco em 1998 (ISBN 978‑85‑325‑0810‑2). É uma fala/reflexão da protagonista Joana, expressando justamente essa entrega radical à vida, característica da escrita de Clarice.




 

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