Neste vasto mundo sem fronteiras chamado Literatura, onde cada palavra é um passo rumo ao infinito, recolho em minhas mãos nomes que admiro, vozes que me acompanham, guiam e encantam. São autores que fizeram da escrita não apenas arte, mas também ponte, abraço e espelho. Eles semearam pensamentos, emoções e histórias que continuam florescendo no silêncio e na leitura de quem vem depois.
No coração do verbo dançam aqueles que costuraram a pele do mundo com letras e sonhos. Shakespeare ergue castelos de dúvida; Cervantes sonha moinhos eternos; Camões navega mares de ausência; Homero canta heróis que não morrem. Balzac descortina a alma humana; Dostoiévski escava labirintos da mente; Virginia Woolf desenha mares interiores; Gabriel García Márquez faz do real um encanto que ultrapassa o tempo.
Fernando Pessoa inventa múltiplas almas que conversam entre si; Machado de Assis sorri do avesso do espelho; Guimarães Rosa reinventa o sertão em palavras que são quase música; Agatha Christie espalha mistérios em cada página; Júlio Verne sonha futuros que ainda nos surpreendem; Edgar Allan Poe sussurra sombras e medos entre as linhas.
Kafka ergue labirintos de angústia; Tolstói constrói epopeias do coração; Proust resgata perfumes da memória quase esquecida; Emily Dickinson borda silêncios que falam mais alto do que o som; Victor Hugo canta dores e esperanças humanas. Joyce mergulha em rios de consciência; Melville eterniza a fúria branca do mar; Mark Twain sorri com ironia nas margens do Mississippi; Borges ergue bibliotecas onde cada espelho reflete outro universo.
Clarice Lispector ilumina o instante como quem toca o sagrado; Nélida Piñon costura memórias e afetos no tecido da língua; Cora Coralina faz poesia com a argila simples da vida; Euclides da Cunha narra a bravura de um sertão que também é gente.
Saramago brinca com vírgulas e destinos; Pablo Neruda transforma terra e amor em versos eternos; Mário de Andrade canta a alma modernista do Brasil; Jorge Amado colore a Bahia com personagens de carne e sonho; Manuel Bandeira encontra lirismo até na dor.
Rubem Alves filosofa com ternura; Maya Angelou ergue a voz da dignidade que resiste; Gabriela Mistral acaricia o idioma com doçura; Rabindranath Tagore entrelaça poesia e mística; Albert Camus pensa o absurdo com coragem e beleza.
Mario Vargas Llosa desenha labirintos
de paixão e política; Italo Calvino constrói cidades invisíveis que só existem
na imaginação. E junto a eles, admiro também nomes que ecoam perto do coração:
Tânia Zagury, com sua lucidez e humanidade, e Dalma Nascimento, a especialista
na Idade Média, na qual a sensibilidade transforma palavras em afeto.
Entre penas e pergaminhos, tipos móveis, prensas e edições raras, ergue-se um coro de vozes sem fronteiras, que resiste ao tempo e abraça quem lê. São eles o epicentro da Literatura Universal: sementes de palavra, troncos de memória, flores de eternidade.
E nós, leitores, herdeiros felizes desse tesouro invisível, dançamos com essas estrelas do texto, descobrindo, a cada livro aberto, que viver também é narrar, que sentir também é escrever, e que o mundo inteiro cabe, pulsante, eterno e sem fronteiras, no coração vivo do verbo.
© Alberto Araújo
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