Que a alegria desabroche, sem tempo marcado,
Da sorte incerta, do brilho dourado.
Não prenda-se a cenários, nem a vil metal,
Mas surja singela, em gesto leal.
De cada pessoa, a essência que irradia,
Do fundo da alma, em doce harmonia.
Que a voz se encontre, em falar comedido,
E o ouvido acolha, o coração sofrido.
Que o amor floresça, em laço profundo,
Ou a falta se sinta, no ermo do mundo.
Um ideal aceso, que a alma não desmente,
E o medo de perdê-lo, a chama sustente.
Amar o próximo, em sua aflição,
Sentir sua dor, com sincera emoção.
Assim, em verdade, a vida se eleva,
E a certeza nos diz: viver não é treva.
© Alberto Araújo
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