sábado, 10 de maio de 2025

CATULO DA PAIXÃO CEARENSE: A ETERNA MELODIA DO SERTÃO EM DESTAQUE NO FOCUS PORTAL CULTURAL


Em 10 de maio, o quadro cultural EFEMÉRIDES do Focus Portal Cultural reverencia um nome fundamental da música e poesia brasileira: CATULO DA PAIXÃO CEARENSE. O "Poeta do Sertão", nascido em São Luís e eternizado no Rio de Janeiro, legou uma obra que ecoa a alma do Brasil profundo, marcando para sempre a história da canção popular. 

Catulo da Paixão Cearense nasceu em São Luís, 8 de outubro de 1863 e faleceu no Rio de Janeiro, 10 de maio de 1946, o Poeta do Sertão, foi um poeta, teatrólogo, músico e compositor brasileiro. É considerado um dos maiores compositores da história da canção popular brasileira. 

No coração do Brasil, onde o aroma da terra se mistura à melodia da alma, floresceu um artista singular: Catulo da Paixão Cearense. Nascido sob o signo de outubro, em 1863, na ensolarada São Luís, sua trajetória transcendeu a mera biografia para se inscrever na própria história da canção popular brasileira. 

Catulo, o "Poeta do Sertão", alcunha tecida pela percepção arguta de Zuza Homem de Mello, não apenas descreveu o sertão; ele o verteu em poesia, impregnando sua obra com a linguagem viva e pulsante de sua juventude nordestina. Murilo Araújo captou a essência dessa simbiose, reconhecendo em Catulo a própria voz inspirada da terra. 

Sua mudança para o Rio de Janeiro, aos dezessete anos, não o afastou de suas raízes, mas o inseriu em um efervescente cenário cultural. Do ofício de relojoeiro à boemia musical, Catulo encontrou sua verdadeira vocação dedilhando o violão, um instrumento outrora marginalizado que ele elevou aos salões da alta sociedade. 

Autodidata, "aprendeu musica, como aprendi a fazer versos, naturalmente", como ele mesmo expressou. Sua sede por conhecimento o levou aos livros e à Biblioteca do Senado, moldando uma cultura vasta e peculiar. 

De suas mãos e alma brotaram canções imortais. "Luar do Sertão", em parceria com João Pernambuco, ecoa como um hino não oficial, celebrando a alma sertaneja. Sua sensibilidade também reviveu a beleza melancólica de "Flor Amorosa", originalmente composta por Joaquim Calado. 

Mais que um compositor, Catulo foi um agregador, um catalisador de talentos. Suas parcerias com nomes como Anacleto de Medeiros, Ernesto Nazareth e Chiquinha Gonzaga enriqueceram ainda mais o panorama musical da época. 

Sua vida, marcada pela boemia e pela despretensão, culminou em uma morte humilde em 1946. Mas seu legado ressoa muito além de sua partida. Seu corpo, velado ao som de "Luar do Sertão", desceu à sepultura, mas sua poesia e sua música permanecem vivas, pulsando no coração da cultura brasileira. 

Catulo da Paixão Cearense: um nome, uma história, um legado que transcende o tempo, a burocracia e a própria mortalidade. Ele é a melodia do sertão que ecoa eternamente na alma do Brasil.

 

OBRAS

 

Matta Illuminada em edição de 1924.

1918 - Meu Sertão (Poesias)

1923 - Chôros ao Violão Novissima e Escolhida Colecção de Modinhas Brasileiras Contendo

1924 - Sertão em Flor

1927 - O evangelho das aves

1928 - Fábulas e Alegorias

1939 - O Sol e a Lua

1965 - Luar do Sertão e Outros Poemas Escolhidos

 

DISCOGRAFIA

 

1955 - "Catullo, o poeta do sertão" (Sinter • LP)

1956 - Luar do Sertão (Sinter • 33/10 pol.)

1960 - Catullo (RCA Victor • 33/10 pol.)


Texto de © Alberto Araújo

 

 

 


 



 

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