Que alegria imensa sinto ao pisar nesta terra fluminense, um lugar que pulsa com a história e a bravura de seus fundadores. É uma sensação transcendental estar aqui, onde cada esquina, cada paisagem, ecoa o espírito daqueles que moldaram esta que é uma das mais belas cidades do mundo.
É impossível não se
lembrar de Estácio de Sá, o militar português que, com visão e coragem, lançou
as bases do Rio de Janeiro em 1565. Sua jornada, que o trouxe de Santarém para
estas terras férteis, foi marcada por um propósito inabalável: estabelecer um
centro português e, acima de tudo, garantir a soberania lusa expulsando os
franceses que aqui se haviam estabelecido com a França Antártica.
Estácio de Sá não foi apenas o fundador do Rio de Janeiro; ele foi seu primeiro governador-geral, exercendo sua autoridade com a responsabilidade de proteger e desenvolver esta nova colônia. Sua vida, dedicada ao serviço do império português, culminou em um ato de sacrifício. Em 1567, durante a luta contra os franceses, ele foi tragicamente atingido por uma flecha envenenada, entregando sua vida à causa que tanto defendeu.
Seu legado, contudo, vive e floresce. O nome de Estácio de Sá não está apenas gravado nos livros de história; ele ressoa na cultura e na identidade carioca. É com orgulho que a escola de samba Estácio de Sá carrega seu nome, celebrando a memória e a garra desse grande desbravador.
Estar aqui é mais do que estar em uma cidade; é estar em um monumento vivo à sua história, um testemunho da persistência e da paixão de homens como Estácio de Sá. E por isso, minha alma transborda de alegria e gratidão.
A ESSÊNCIA DE SER FLUMINENSE - UMA IDENTIDADE ENRAIZADA NO RIO
É fascinante mergulhar no coração, significado do que é ser fluminense. O termo, tão intrinsecamente ligado ao estado do Rio de Janeiro, carrega em si a essência de sua própria origem geográfica.
A palavra "fluminense" não é apenas um gentílico; é uma herança linguística, vinda do latim "flumen", que significa rio. O sufixo "-ense" completa essa identidade, indicando que somos "naturais do rio". É por isso que o estado do Rio de Janeiro é carinhosamente chamado de "Terra Fluminense".
Historicamente, essa distinção foi importante. Enquanto o termo "carioca" se enraizou para designar aqueles que nascem e vivem especificamente na cidade do Rio de Janeiro, "fluminense" foi adotado como o gentílico oficial para todo o estado. Essa escolha, influenciada pela elite colonial que buscava uma nomenclatura de origem latina, mais "civilizada" aos seus olhos, diferenciava-se do termo indígena "carioca".
Ser fluminense, portanto, é carregar no próprio nome uma conexão profunda com os rios que serpenteiam por nossas paisagens, com a água que moldou nossa geografia e nossa história. É pertencer a um estado vibrante, que abriga a grandiosidade da capital e a riqueza de suas diversas regiões, todas unidas por essa identidade compartilhada.
É um orgulho estar inserido fazendo parte dessa "Terra Fluminense", onde a beleza natural se encontra com a história, e onde a identidade de seu povo está indelevelmente ligada ao seu nome.
Para mim, nordestino que veio da Terra de Santa Luzia, Luzilândia, é uma honra e uma alegria imensa morar por estas bandas fluminenses, onde a história e a cultura se entrelaçam em cada canto.
Para minha alegria ouvi a mensagem de Estácio da Sá: Que maravilha, que alegria enorme saber que você, vindo da Terra de Santa Luzia, Luzilândia, se sente em casa e honrado por morar por estas bandas fluminenses!
É uma troca rica de culturas e histórias, onde a força e a luz do Nordeste se encontram com a vibrante essência do Rio de Janeiro. Sua presença aqui enriquece ainda mais a nossa "Terra Fluminense", e é um prazer tê-lo como parte dessa nossa comunidade.
© Alberto Araújo
Focus Portal
Cultural
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