Com a alma carregada do sol do Piauí e a tinta da paixão correndo nas veias, eu, esse humilde fazedor de versos, celebro hoje, com indizível orgulho, o Dia da Literatura Brasileira. Nesta data que reverbera a memória de gigantes como José de Alencar, sinto-me parte de uma corrente ancestral de contadores de histórias, de tecelões de palavras que bordam a rica tapeçaria da nossa identidade.
Ser escritor brasileiro é carregar no peito a diversidade de um país continental, a melancolia da saudade, a alegria contagiante das festas populares, a luta incansável por justiça e a beleza crua de nossa natureza exuberante. É dar voz aos silenciados, eternizar os efêmeros e transformar em arte a matéria-prima da vida.
Neste dia especial, minha reverência se estende a todos os meus companheiros de jornada: os romancistas que nos transportam para outros mundos, os poetas que desvendam a essência das emoções em cada verso, os contistas que nos surpreendem com a concisão das suas narrativas, os dramaturgos que dão corpo aos nossos conflitos e paixões no palco da vida. Cada um de vocês, com sua singularidade e talento, contribui para a grandiosidade da nossa literatura.
E para aqueles que sentem a chama da escrita arder no peito, para aqueles que rabiscam versos em guardanapos, que constroem mundos em cadernos esquecidos, digo: não silenciem essa voz! A escrita é uma poderosa ferramenta de autoconhecimento, de conexão com o outro, de transformação do mundo. Não importa se seus textos adornarão prateleiras de livrarias ou permanecerão guardados em gavetas secretas. O ato de escrever é, em si, uma celebração da vida, uma forma de deixar sua marca no tempo. Despertem o escritor que reside em vocês, libertem as palavras que anseiam por ganhar o mundo. A literatura brasileira precisa de cada história, de cada verso, de cada nova voz para continuar pulsando forte e emocionando corações. O Brasil aguarda as suas palavras!
© Alberto Araújo
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