sexta-feira, 30 de maio de 2025

ECOS DA GUANABARA - A DANÇA DAS INFORMAÇÕES PROSA POÉTICA DE ALBERTO ARAÚJO

 

Um avião dilacera o céu do Santos Dumont, levando consigo histórias e destinos, cada fibra de metal vibrando com a promessa de novos horizontes. Como ele, as informações decolam, invisíveis, mas poderosas, cruzando os ares e os mares. 

Um Catamarã desliza suavemente sobre as águas da Baía de Guanabara, seu rastro efêmero na superfície espelhando a transitoriedade e a constante renovação dos dados que nos cercam. 

Nesta noite em Icaraí, um bairro abençoado por Deus e moldado por nossas digitais na areia da praia, o reflexo da imagem do Cristo Redentor cintila nas águas, uma epifania de luz e fé. É assim que as informações se manifestam: nem sempre tangíveis, mas sempre presentes, refletindo realidades e inspirando visões.

As luzes da cidade, como constelações urbanas, iluminam as amendoeiras, revelando detalhes antes ocultos na escuridão. Cada ponto de luz é um dado, uma revelação, um fragmento que compõe a vasta tapeçaria do nosso conhecimento.

Neste cenário de suave beleza, compreendemos que as informações são como a brisa que acaricia as árvores: invisíveis, mas capazes de mover folhas, de espalhar sementes, de transformar paisagens. Elas carregam a essência do que somos e do que fomos, deixando nossas digitais em cada traço, em cada memória gravada. Da imensidão do céu ao sussurro das águas, da imponência de um ícone à delicadeza de uma folha, as informações dançam, em um fluxo contínuo que nos conecta ao universo e à nossa própria história.

© Alberto Araújo

 

 

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