sábado, 23 de agosto de 2025

QUANDO O SOL SORRI NO HORIZONTE PROSA LÍRICA DE ALBERTO ARAÚJO


O pôr do sol chega como quem sabe celebrar a vida.

Entre galhos e folhas, o céu se pinta em festa, espalhando tons de rosa, laranja e violeta como confetes lançados pela própria eternidade. É a natureza sorrindo em silêncio, convidando o coração a dançar junto.

 

As águas refletem essa alegria serena, e as montanhas ao fundo parecem repousar em paz, como se estivessem também encantadas pelo instante. O mundo desacelera, o tempo se curva, e tudo se transforma em um abraço de luz.

 

Há felicidade escondida nesse cenário: no encontro entre o dia que se despede e a noite que se prepara para acender suas estrelas; no simples ato de existir e contemplar; no coração que se deixa tocar por tanta beleza gratuita.

 

Esse pôr do sol não é apenas um adeus.

Ele é promessa: de que a vida se renova a cada amanhecer, de que o amor encontra sempre um jeito de florescer, e de que, por trás de cada sombra, existe um brilho esperando a hora de iluminar.

 

© Alberto Araújo

 

  

O pôr do sol que a imagem revela parece bordado pelo próprio silêncio da eternidade.


Entre os galhos que emolduram o instante, o céu se veste de púrpura e ouro, tingindo o mar com a cor dos sonhos que não envelhecem. As montanhas ao fundo, serenas como sentinelas antigas, repousam na penumbra, enquanto a luz se despede em reverência. É como se o horizonte respirasse poesia, e cada reflexo fosse uma palavra não dita, sussurrada apenas ao coração.

As árvores, cúmplices desse espetáculo, abrem frestas para que o olhar se perca no infinito. A cidade, ali embaixo, diminui diante da grandeza da natureza: sinais, ruas, pessoas seguem sua pressa, mas o céu — ah, o céu! — insiste em ensinar que tudo é passagem, menos a beleza que nos invade quando paramos para contemplar.

Esse pôr do sol não apenas colore o espaço: ele semeia luz dentro de nós, recordando que mesmo quando a noite chega, o dia sempre deixa suas marcas de fogo e ternura no firmamento.

 


 

HOMENAGEM AO DIA DO ARTISTA - FOCUS PORTAL CULTURAL


"A arte lava da alma a poeira do dia a dia." 

— Pablo Picasso

 

O QUE É SER ARTISTA? 

É carregar no peito a chama da criação, traduzir a vida em símbolos, cores, sons, palavras e gestos. Ser artista é caminhar no limiar entre o sonho e a realidade, dando forma ao invisível, voz ao silêncio e movimento àquilo que parecia imóvel. 

O artista representa a capacidade humana de eternizar sentimentos, de transformar a dor em beleza, a saudade em memória viva, a esperança em canção. 

A ARTE É HERANÇA E TAMBÉM FUTURO 

Ela nos lembra de onde viemos, reafirma quem somos e projeta quem podemos ser. Pintores, escritores, músicos, atores, dançarinos, fotógrafos e criadores de todas as linguagens são guardiões da sensibilidade, construtores de pontes entre culturas, tempos e gerações.

Hoje, 23 de agosto, o Focus Portal Cultural felicita e cumprimenta todos os artistas, reconhecendo sua contribuição inestimável para a humanidade. Vocês são luzes que acendem caminhos, são sementes que florescem em cada olhar, em cada coração tocado por sua obra. 

SER ARTISTA É SER RESISTÊNCIA

É ser ponte que une, fanal que guia e mão que acolhe. É despertar no outro a coragem de sentir e a liberdade de imaginar. 

Que nunca falte espaço para a arte, nem silêncio para ouvi-la, nem coração para acolhê-la. 

Hoje celebramos não apenas uma profissão, mas um dom, um chamado e uma missão. 

Feliz Dia do Artista! 

© Alberto Araújo

Focus Portal Cultural




 

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

LANÇAMENTO DA OBRA “VIAGEM AO ENCANTADOR UNIVERSO DOS HAICAIS” DE MÁRCIA PESSANHA

Na manhã dourada de 09 de agosto de 2025, Niterói acordou mais poética. As ruas do centro, embaladas pelo sopro suave de um sábado luminoso, foram palco de um daqueles raros encontros que unem memória, afeto e arte. No coração da cidade, a Sociedade Fluminense de Fotografia presidida por Antônio Machado e situada na Rua Dr. Celestino, no coração de Niterói se transformou em templo literário para receber o lançamento de Viagem ao Encantador Universo dos Haicais, de Márcia Pessanha — obra que, mais do que livro, é um delicado relicário da alma brasileira.

 

Clicar no link: 

https://youtu.be/fNKAL-0JJXI?si=C4Uhys3k6mPZzGO2

 


FEIRAS LITERÁRIAS - A FORÇA QUE MOVE A CULTURA E A LEITURA NO BRASIL E NO MUNDO - RESENHA ENSAÍSTICA DE ALBERTO ARAÚJO - POR INTERMÉDIO DO ARTIGO DE DYANDREIA PORTUGAL

O artigo de Dyandreia Portugal, presidente mundial da Rede Sem Fronteiras, publicado no Jornal Terra da Gente da jornalista e editora Maluma Marques, páginas 46 e 47, na edição digital nº 289 – mês de agosto de 2025 traz à tona uma reflexão profunda sobre o papel transformador das Feiras Literárias no Brasil e no cenário internacional. Não se trata apenas de um panorama descritivo: sua análise descortina a dimensão cultural, social e política desses encontros que, cada vez mais, se afirmam como espaços privilegiados de integração entre o livro, o autor e o leitor. 

Segundo a autora, as Feiras Literárias deixaram de ser eventos pontuais para se tornarem verdadeiras vedetes do nosso circuito cultural. Elas movimentam milhões em investimentos, mobilizam editoras, patrocinadores, órgãos de classe e, sobretudo, conquistam o público em sua pluralidade. O impacto é inegável: ao abrir portas para o contato direto com a literatura, essas feiras promovem não apenas a leitura, mas uma vivência coletiva que educa, emociona e amplia horizontes. 

O que Dyandreia ressalta é instigante: em um país cuja média de leitura anual por pessoa é de apenas 2,04 livros, como aponta a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil 2024, temos, paradoxalmente, um dos cenários mais férteis em termos de realização de feiras, bienais, salões e festivais literários. São mais de 230 eventos ativos, em todas as regiões do Brasil, provando que, apesar dos baixos índices estatísticos, há uma energia cultural pulsante que insiste em afirmar a importância do livro.

Outro ponto fundamental destacado é a diversidade de públicos e propostas. As Feiras Literárias extrapolam a função comercial da indústria do livro e assumem papéis sociais, educativos e artísticos. Elas se transformam em arenas de cidadania, em que a literatura se entrelaça a outras manifestações culturais, promovendo diálogos com música, artes visuais, teatro e debates contemporâneos. É esse caráter multifacetado que confere às feiras o status de celebrações democráticas da cultura. 

Dyandreia, no entanto, não deixa de apontar desafios: a necessidade de descentralizar o poder cultural, garantindo espaço para autores independentes, pequenas editoras e profissionais que não encontram visibilidade nos grandes circuitos. Ao mesmo tempo, ressalta a urgência de que as feiras não se esgotem em si mesmas como espetáculos passageiros, mas que fortaleçam a formação de leitores e a continuidade de políticas de fomento à leitura. 

Nesse contexto, a Rede Sem Fronteiras desempenha um papel vital. Com mais de 12 anos de atuação em mais de 30 países, a entidade tem promovido a difusão da cultura lusófona e da língua portuguesa no mundo. Ao levar autores brasileiros para os grandes palcos internacionais, de Frankfurt a Guadalajara, de Paris a Lisboa, a Rede garante que a literatura brasileira não apenas circule, mas conquiste reconhecimento. O lema “Juntos somos mais fortes” reflete a proposta de uma ação multicultural e inclusiva, onde escritores, artistas e produtores culturais encontram espaço para mostrar sua voz. 

O que se percebe, a partir da análise de Dyandreia Portugal, é que as Feiras Literárias representam muito mais do que eventos festivos: elas são instrumentos de transformação social. Ao aproximar o livro do cidadão comum, ao criar pontes entre gerações, ao estimular a curiosidade e o prazer da leitura, essas feiras cultivam sementes que se refletem na educação, na cidadania e na própria identidade cultural de um povo. 

Assim, fica o convite à reflexão: participar de uma Feira Literária é mais do que visitar estandes ou adquirir livros. É um ato de pertencimento cultural, um gesto de resistência em um mundo cada vez mais fragmentado e digitalizado. É, sobretudo, um exercício de cidadania cultural, como tão bem nos lembra Dyandreia Portugal. 

© Alberto Araújo

Focus Portal Cultural 







SONETO DE ANIVERSÁRIO A ÂNGELA RICCOMI - HOMENAGEM DO FOCUS PORTAL CULTURAL

 

SONETO DE ANIVERSÁRIO A ÂNGELA RICCOMI


Em teu viver floresce a luz primeira,

Paulista de berço, em Niterói raiz;

Na fé e no amor, teu exemplo nos diz

Que servir ao próximo é obra verdadeira.

 

No Rotary, ergueste a tua bandeira,

Com coragem, doação e diretriz;

Fundaste um clube que ao tempo diz:

A vida se faz grande quando é inteira.

 

Hoje o Focus Cultural te saúda com ardor,

Mulher que inspira, semeia e conduz,

Teu caminho é marcado pelo bem e o amor.

 

Que a vida te sorria em cada passo que fazes,

Que a alegria e a paz sejam tua luz,

E que floresçam sonhos em todas as tuas fases. 


© Alberto Araújo

22-08-2025

 

FELIZ ANIVERSÁRIO, ÂNGELA RICCOMI 

Hoje, 22 de agosto, celebramos a vida de Ângela Riccomi de Paula, cirurgiã-dentista, paulistana de nascimento e niteroiense de coração, mulher de coragem, sensibilidade e exemplo de liderança. O Focus Portal Cultural, na pessoa do jornalista e editor Alberto Araújo, envia suas mais sinceras felicitações, com carinho, admiração e gratidão. 

Ângela não é apenas uma presidente rotariana; é uma semeadora de luz e esperança. Desde 1985, quando integrou o Rotary ao lado do marido José Célio de Paula, até sua admissão oficial como rotariana em 1995, sua trajetória sempre foi marcada pelo compromisso com o próximo, pela generosidade e pelo serviço desinteressado.

À frente do Rotary Club Niterói Novos Tempos, Ângela alia sensibilidade a uma ação concreta e transformadora. Sua liderança se traduz em escuta, incentivo e inspiração. Cada projeto, cada iniciativa, cada encontro reflete seu olhar atento às reais necessidades da comunidade, sua valorização da cultura, da ética e da dignidade humana. Sob sua condução, o clube floresce como um espaço de inclusão, solidariedade e esperança. 

Neste dia especial, desejamos a você, Ângela, muitas felicidades, saúde, paz, realizações e amor. Que cada momento seja iluminado, que a alegria e a gratidão acompanhem sua caminhada, e que sua energia continue a inspirar todos à sua volta. Que os próximos anos tragam ainda mais conquistas, encontros felizes e motivos para celebrar a vida com intensidade e leveza. 

Parabéns, Ângela Riccomi! Que sua luz continue a florescer, guiando pessoas, fortalecendo vínculos e deixando marcas de esperança e generosidade por onde passar.

Liderar é plantar esperança onde muitos já haviam desistido de sonhar.” – Alberto Araújo

© Alberto Araújo



 

O ENCANTO DE MARMELO NA FEIRA PAN-AMAZÔNICA - CRÔNICA DE ALBERTO ARAÚJO

Logo cedo, ao abrir meu WhatsApp, fui surpreendido por uma imagem que me encheu de ternura: uma criança, nos stands da 28ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, em Belém, fascinada diante de um livro colorido. O título brilhava em suas mãos curiosas: Marmelo o Sapo Martelo da escritora e poetisa Ana Maria Tourinho. 

Na foto, a cena era simples e, ao mesmo tempo, grandiosa: o pequeno no colo de sua mãe, sorrindo, os olhos acesos de encantamento, como se tivesse acabado de descobrir um novo amigo dentro das páginas. É desse encontro mágico, entre a infância e a literatura, que a Feira se alimenta e se justifica. 

A beleza estava justamente na simplicidade. Não havia ali discursos, nem formalidades, apenas o instante puro de comunhão entre uma obra e a criança. O livro, com suas cores e personagens, despertava no menino uma alegria serena, um primeiro passo para a aventura infinita das palavras. 

A própria autora, emocionada, comentou: “Veja o interesse da criança pelo Marmelo o Sapo Martelo. As crianças ficam fascinadas com o Marmelo, e eu me emociono em ver cenas como estas. Bjks”. 

E não é difícil compreender. O escritor pode percorrer o mundo, participar de eventos e receber prêmios, mas nada se compara ao brilho de um olhar infantil que descobre a magia da leitura. 

A foto é mais que um registro: é testemunho de como a literatura resiste e floresce. Enquanto houver crianças encantadas diante de livros, haverá futuro para a palavra escrita. 

E assim, entre gôndolas e sorrisos, Belém nos lembrou de que a cultura começa nesse gesto singelo: um livro aberto, uma criança atenta e o mundo inteiro prestes a ser descoberto. A cena que fica. Entre tantas credenciais, o que mais emociona é a simplicidade da imagem que inaugurou meu dia: uma criança sorrindo diante de Marmelo, o sapo que agora salta de Belém para o mundo. 

Afinal, é no olhar encantado da infância que a literatura encontra sua eternidade.

© Alberto Araújo

 





A acadêmica Uyara Schiefer disse: “Parabéns, estimado Alberto Araújo, por descrever, a interação do pequeno leitor, com Marmelo. Aliás, você escreve muito bem! Lindo isso: “Afinal, é no olhar encantado da infância que a literatura encontra sua eternidade.” Que bonito, que bonito. Olha só, a sua acessibilidade à flora pele. Parabéns, à poetisa Ana Maria Tourinho.” Uyára.





O CAMINHO UNE O TEMPO – IDALINA ANDRADE GONÇALVES - RESENHA POR ALBERTO ARAÚJO


Publicada em 2021 pelo selo da Parthenon Centro de Arte e Cultura, com projeto gráfico de Mauro Carreiro Nolasco, a obra O Caminho Une o Tempo, de Idalina Andrade Gonçalves, constitui um exercício de memória e reverência, que entrelaça a sensibilidade da autora à grandeza de dois vultos da literatura e da política luso-brasileira: Ferreira de Castro e Joaquim Nabuco. Com 74 páginas de intensidade reflexiva, o livro é mais que um apanhado de textos é um gesto de síntese, um olhar crítico e amoroso sobre heranças culturais que permanecem vivas no diálogo entre Brasil e Portugal.

 

A apresentação, assinada pelo então presidente da Academia Luso-Brasileira de Letras, Dr. Francisco Amaral Neto, situa a obra no contexto solene da posse de Idalina na Cadeira nº 13, cujo Patrono é Ferreira de Castro. Nesse rito de enraizamento, a autora não apenas ocupa uma cadeira, mas a faz florescer em palavra, reconhecendo o realismo social e a força humanista que marcaram a literatura do escritor português.

 

No prólogo, Idalina deixa entrever sua própria tessitura literária: lírica, reverente e atenta ao sopro da história. Ao evocar a primavera de 1964 e a reinstalação da Academia Luso-Brasileira de Letras em 1990, transforma o registro memorialístico em canto, lembrando figuras como Kepler Alves Borges e Adolpho Polillo. Sua escrita se deixa atravessar pelo lirismo da tradição, enxergando a Academia como um "cenáculo da cultura", onde o orvalho da manhã e o sonho poético se encontram como metáfora da união entre nações.

 

O posfácio, de autoria do Prof. Dr. Carlos Francisco Theodoro Machado Ribeiro de Lessa, amplia a perspectiva da obra, ressaltando o valor de Idalina como intelectual atenta às raízes açorianas da formação brasileira. Sua presença em seminários e eventos é descrita como marcante, pela serenidade e conhecimento com que aborda os vínculos luso-brasileiros, capazes de aproximar nomes como Antero de Quental e Machado de Assis na tessitura cultural entre os dois povos.

 

O volume, assim, revela-se como ponto de encontro entre a crítica literária, a memória cultural e a poesia da evocação. A obra não se limita a um inventário de textos; oferece-se como travessia, onde as páginas se tornam caminho, unindo temporalidades e geografias distintas. Ferreira de Castro e Joaquim Nabuco, cada um a seu modo, são revisitados como símbolos de um humanismo crítico, atentos à justiça, à liberdade e à dignidade.

 

Com elegância editorial e respaldo acadêmico, O Caminho Une o Tempo é também um ato de pertencimento: Idalina Andrade Gonçalves escreve não apenas para celebrar o passado, mas para inscrevê-lo no presente, perpetuando o fio de continuidade entre cultura portuguesa e brasileira. Trata-se de um livro que se ergue como ponte, sustentado pelo rigor da pesquisa e pelo frescor da linguagem lírica, onde o tempo e a palavra se reconciliam.

 

Em sua delicadeza intelectual, a obra confirma o papel da autora como voz feminina que honra e renova a tradição da Academia Luso-Brasileira de Letras. Mais que um tributo, é um convite ao leitor para participar da travessia da memória, caminhando entre a literatura, a história e o sonho poético que ainda une povos e gerações.

 

IDALINA ANDRADE GONÇALVES

 

Portuguesa, natural dos Açores, Idalina Andrade Gonçalves é artista plástica, ensaísta, poeta e pesquisadora. Licenciada em Psicomotricidade e Biomedicina, alia formação acadêmica sólida à vocação artística e literária, construindo uma trajetória marcada pelo diálogo entre ciência, cultura e poesia.

 

Natural de família com raízes profundas na tradição luso-brasileira, Idalina dedicou-se ao estudo das relações culturais entre Brasil e Portugal, preservando memórias históricas e valorizando o intercâmbio literário.

 

Seu ingresso na Academia Luso-Brasileira de Letras, em sessão solene realizada no Palácio de São Clemente, Rio de Janeiro, representou o reconhecimento de sua contribuição às letras e à cultura. Na ocasião, assumiu a Cadeira nº 13, cujo Patrono é Ferreira de Castro, sucedendo o acadêmico Antonio Rodrigues. Sua posse foi marcada por um discurso de elevado rigor intelectual e profundo lirismo, em que destacou o legado de Ferreira de Castro e os vínculos entre as tradições literárias de Portugal e do Brasil.

 

Autora de obras que unem crítica, memória e poesia, como O Caminho Une o Tempo (Parthenon Centro de Arte e Cultura, 2021), Idalina dá especial atenção ao diálogo entre história e literatura, trazendo à tona a relevância de autores como Ferreira de Castro, Joaquim Nabuco, Antero de Quental, Camões e Fernando Pessoa, além de valorizar os fios culturais que ligam o universo açoriano à formação brasileira.

 

Com experiência em conferências e seminários, entre os quais se destaca sua atuação no Real Gabinete Português de Leitura, onde abordou a importância da presença açoriana no Brasil, é reconhecida como uma voz lúcida e respeitada no cenário intelectual luso-brasileiro.

 

Sua escrita é permeada por lirismo e clareza, o que a torna não apenas pesquisadora da tradição, mas também guardiã da herança simbólica que une os dois povos. Ao lado de sua produção ensaística e poética, contribui ativamente para o fortalecimento das relações culturais entre Brasil e Portugal, assumindo com dignidade e entusiasmo sua missão acadêmica.

 

É membro titular de diversas instituições de prestígio, entre elas: 

· Academia Luso-Brasileira de Letras

· Academia Brasileira de Literatura

· Sociedade Eça de Queiroz

· Real Gabinete Português de Leitura

· Academia Brasileira de Medalhística Militar

 

No âmbito institucional, exerce atualmente os cargos de: 

· Secretária Executiva da Sociedade Eça de Queiroz

· Membro Consultivo do Consulado Português no Rio de Janeiro

· Secretária-Adjunta do Real Gabinete Português de Leitura

· Secretária-Adjunta da Academia Luso-Brasileira de Letras

· Integrante da Diretoria da AJEB – Associação das Jornalistas e Escritoras do Brasil (Rio de Janeiro)

 

Idalina também participa ativamente de iniciativas culturais e educativas e mantém vivo o Projeto Associação dos Ilustres Poetas da Escola, que promove encontros de poesia em escolas públicas, incentivando o despertar literário em jovens leitores e escritores.

 

Sua produção literária, ensaística e artística é expressão de uma ponte constante entre Portugal e Brasil, unindo tradição e contemporaneidade. Como intelectual, Idalina Andrade Gonçalves é reconhecida por sua escrita sensível, por sua atuação cultural consistente e por seu engajamento no fortalecimento das relações luso-brasileiras.

 

© Alberto Araújo 














 

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

SOLENIDADE DE INSTALAÇÃO DO ESPAÇO LEVI CARNEIRO, NA SEDE DA OAB-NITERÓI


SOLENIDADE DE INSTALAÇÃO 
DO ESPAÇO LEVI CARNEIRO. 
CLICAR NO LINK: 

MOMENTOS DE CULTURA E CELEBRAÇÃO EM BELÉM COM ANA MARIA TOURINHO

 

A Editoria do Focus Portal Cultural compartilha com todos os companheiros foculistas e amigos os momentos especiais vividos por nossa CE Ana Maria Tourinho, que ainda se encontra em Belém do Pará, até o dia 22 de agosto, representando a Rede Sem Fronteiras, presidida por Dyandreia Portugal. 

Em comitiva composta por 50 autores, ladeada das escritoras Elinalva Oliveira e Bebel Ritzmann, a escritora Ana Maria participa ativamente da 28ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, realizada no Hangar, Centro de Convenções de Belém, desde o dia 16 e que segue até 22 de agosto de 2025.

Este grande encontro literário, um dos maiores do Brasil, reúne escritores, poetas, intelectuais e leitores em uma verdadeira celebração da cultura, da leitura e da diversidade de vozes. Ana Maria esteve presente em momentos marcantes da programação, como a apresentação dos personagens do Boi Bumbá de São Caetano de Odivelas, que levaram para a feira a força do folclore paraense. São Caetano, conhecida como a “terra do caranguejo e do boi de máscara”, destacou-se por suas expressões culturais e pela riqueza natural de suas praias de rio e florestas. 

Em registros compartilhados, nossa companheira aparece no stand dos Escritores Paraenses, espaço onde a Rede Sem Fronteiras expõe as obras de seus 50 membros oficiais, posando ao lado de escritores locais, em gesto de integração e valorização da literatura amazônica. 

Na noite de 19 de agosto, Ana Maria também prestigiou o espetáculo “Ensaio Geral”, com a cantora Sandra Duailibe, descrevendo a experiência como uma “noite fantástica, com músicas bem escolhidas que formaram um repertório inesquecível”. 

A presença de Ana Maria Tourinho em Belém é um testemunho vivo da missão da Rede Sem Fronteiras: unir culturas, valorizar a lusofonia e fortalecer os laços entre povos pela força da palavra e da arte.

Editorial

Alberto Araújo

Focus Portal Cultural







Com Carla Portal - Secretaria de Educação de Acará





BATE-PAPO COM A ESCRITORA ANA MARIA TOURINHO NA 28ª FEIRA PAN-AMAZÔNICA DO LIVRO E DAS MULTIVOZES 

No dia 22 de agosto de 2025(sexta-feira), das 19h às 20h30min, a escritora Ana Maria Tourinho participará de um bate-papo especial no stand da Fundação Cultural do Pará (FCP), dentro da programação da 28ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, em Belém. 

Com o tema “De Belém do Pará para o mundo”, o encontro será mediado por Betânia Castro e promete uma noite de diálogo literário, partilha de experiências e celebração da cultura amazônica. 

A PRÓPRIA AUTORA NOS CONVIDA COM ENTUSIASMO 

Veja o chiquê, no stand da Fundação Cultural do Pará, estarei fazendo um bate-papo. Aliás, a feira é fantástica e além da literatura, mostra nosso folclore, costumes, superstições, grita pela Amazônia, fala de sustentabilidade, da diversidade e inclusão, muito bom!”

SOBRE A AUTORA 

Ana Maria Tourinho é escritora, poetisa e membro ativo do Elos Internacional da Comunidade Lusíada e da Rede Sem Fronteiras, onde tem representado o Brasil em diversos eventos literários nacionais e internacionais. 

Autora de livros de poesia, literatura infantil e haicais, como “Aninha, a menina que vendia alfaces”, “Cadê Fada? Tô aqui!” e “Desfolhando Aldravias”, constrói em sua obra uma ponte entre a cultura amazônica e a literatura universal. 

Seu trabalho destaca a força da palavra como instrumento de união, identidade e resistência cultural, sempre levando a voz da Amazônia e do Brasil para além das fronteiras.

  




PROFESSOR MARCO ANTÔNIO E A LEITURA VIVA DE NÉLIDA PIÑON CRÔNICA LITERÁRIA DE ALBERTO ARAÚJO - HOMENAGEM AO ADMIRÁVEL MESTRE MARCO ANTÔNIO MARTINS PEREIRA

Nas últimas postagens em sua página no Facebook, o professor Marco Antônio tem presenteado seus leitores com reflexões densas e sensíveis sobre a obra de Nélida Piñon, nossa grande dama da literatura brasileira. 

Com a capa do livro A Casa da Paixão, exemplar que guarda com carinho, autografado pela própria autora, o professor destacou a força dessa narrativa inaugural. Em diálogo, Alberto Araújo recordou também possuir um exemplar autografado não de A Casa da Paixão, mas de “O Presumível Coração da América”, testemunhando a mesma honra de ter recebido das mãos de Nélida esse gesto de proximidade literária. 

Nas suas notas críticas, Marco Antônio afirma que a narrativa de Nélida é “uma máquina complexa, carregada de sonhos mais ou menos despertos, de apostas sobrenaturais, explosões de afetos, sentimentos recalcados, isto é, traumas emocionais, esperanças partidas”, onde confluem discursos políticos, morais, religiosos e históricos. Em sua visão, a escritora ensina a “respeitar o fluxo narrativo” e recusa os atalhos fáceis da intriga ou do escândalo. 

Outra de suas observações parte de A República dos Sonhos, em que Nélida adverte: “Desconfie das palavras. Elas tanto afirmam, quanto desdizem”. Para Marco Antônio, a autora compreendia os perigos do trabalho com a linguagem e nunca se deixava aprisionar pela tentação de escrever apenas sobre o próprio ato de escrever. 

A dimensão religiosa, presente desde Guia-Mapa de Gabriel Arcanjo e Madeira Feita Cruz, é lembrada pelo professor como um traço que perpassa toda a obra de Nélida, numa tensão constante entre sagrado e profano — uma travessia onde ambos se encontram em busca de novas passagens.

E, por fim, Marco Antônio ressalta o fio da consciência que costura sua ficção. Seja em Tempo das Frutas, seja na monumental República dos Sonhos, a consciência aparece como “arma implacável que tritura ou redime a façanha cotidiana”, muitas vezes assumindo a forma de aforismos que adensam a linguagem sem quebrar o ritmo narrativo. 

Dessas postagens emerge um retrato vigoroso da escritora: Nélida Piñon, que conhecia, como bem disse o professor: “os limites ilimitados do real”. Para ela, a realidade nunca precisou ser rotulada de fantástica, surreal ou maravilhosa: ela simplesmente é, e nesse ser carrega em si mesma os inesperados contornos que alimentam a grande literatura. 

© Alberto Araújo

SOBRE O PROFESSOR MARCO ANTÔNIO MARTINS PEREIRA 

Professor, escritor, crítico literário e pesquisador, Marco Antônio Martins Pereira construiu ao longo de sua trajetória uma carreira marcada pelo amor às letras, à docência e à cultura. 

Formado em Letras pela Faculdade Sousa Marques e pós-graduado em Latim pela Université de Nancy (França), dedicou-se ao ensino do Português, Latim, Grego e Francês, com especial destaque para o Português Jurídico, o Latim Forense, as Técnicas Processuais e o Direito Canônico. 

Foi professor das tradicionais instituições Universidade Cândido Mendes (UCAM) e Universidade Gama Filho, além das Faculdades Integradas Simonsen, onde se destacou como mestre de gerações de alunos. 

Como pesquisador e ensaísta, é biógrafo de nomes fundamentais da literatura brasileira, entre eles Euclides da Cunha, Augusto dos Anjos, Clarice Lispector e Lima Barreto. Autor de obras de referência, como Latim Forense, atua também como conferencista, tendo proferido palestras em diversas academias e instituições, entre elas a Federação das Academias de Letras do Brasil, sobre temas como Augusto dos Anjos e A Importância do Latim Jurídico. 

Reconhecido nacional e internacionalmente, é Membro da Société des Études Latines e do Conseil International de la Langue Française, entidades de prestígio que reúnem grandes estudiosos da língua e da cultura. 

Foi convidado pelo então Ministro da Cultura, Francisco Weffort, para a cerimônia oficial de entrega do Prêmio Ministério da Cultura, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro (1998). 

Recebeu a Cruz do Mérito Cultural e distinções como o título de Professor Laureado e o Destaque Especial no IV Concurso Nacional de Crônicas (1995), reforçando sua contribuição à literatura e à crítica. 

Além de suas contribuições acadêmicas, Marco Antônio também se destaca como crítico cultural, realizando análises de obras literárias, de autores e de produções artísticas contemporâneas. Entre elas, suas reflexões sobre a minissérie Presença de Anita (TV Globo, 2001), onde abordou com rigor e sensibilidade os aspectos narrativos e simbólicos da trama. No campo clássico, dedica-se igualmente às críticas e estudos sobre o Latim, defendendo a importância dessa língua como fundamento da cultura, da literatura e do pensamento jurídico. 

Entre suas paixões recentes, estão publicações de leitura crítica da obra de Nélida Piñon, autora sobre a qual escreve com a sensibilidade e a profundidade de quem enxerga na literatura não apenas um reflexo da realidade, mas um percurso de vida e consciência. 

Morador do Rio de Janeiro, Marco Antônio Martins Pereira é, sobretudo, um intelectual que fez da sala de aula, da palavra e da memória literária um espaço de permanência e de luz. 

Biografia elaborada por Alberto Araújo,

especialmente para esta postagem.

© Alberto Araújo