A invenção da imprensa não começou na Europa. No Oriente, já no século IX, os chineses imprimiam livros por xilogravura, sendo o Sutra do Diamante (868) o exemplar mais antigo conhecido com data precisa. No século XI, o chinês Bi Sheng desenvolveu os primeiros tipos móveis de argila, um avanço notável, mas limitado pela complexidade da escrita chinesa.
Na Coreia, em 1377, surgiu o Jikji, um texto budista impresso com tipos móveis metálicos, considerado o livro mais antigo do mundo feito com essa técnica. Apesar desses marcos, a impressão não se difundiu amplamente no Oriente por razões culturais e práticas.
Foi na Europa que a invenção ganhou força transformadora. Entre 1450 e 1455, em Mainz, Alemanha, Johannes Gutenberg produziu a famosa Bíblia de 42 linhas, conhecida como Bíblia de Gutenberg. Utilizando tipos móveis metálicos reutilizáveis, tinta à base de óleo e uma prensa adaptada, Gutenberg conseguiu imprimir cerca de 180 exemplares, alguns em papel e outros em pergaminho.
A Bíblia de Gutenberg não foi o primeiro livro impresso do mundo, mas foi o primeiro grande livro impresso no Ocidente com tipos móveis metálicos. Sua produção marcou o início da era da imprensa, revolucionando a difusão do conhecimento, tornando os livros mais acessíveis e abrindo caminho para o Renascimento, a Reforma e a Revolução Científica.
A REVOLUÇÃO DOS LIVROS: DA ÁSIA À BÍBLIA DE GUTENBERG
AS RAÍZES NO ORIENTE
China (868): O Sutra do Diamante é o livro impresso mais antigo com data conhecida, feito por xilogravura.
China (1040): O inventor Bi Sheng cria os primeiros tipos móveis de argila, um marco tecnológico.
Coreia (1377): Surge o Jikji, primeiro livro do mundo impresso com tipos móveis metálicos, quase 80 anos antes de Gutenberg.
A VIRADA NO OCIDENTE
Alemanha (1450–1455): Em Mainz, Johannes Gutenberg desenvolve os tipos móveis metálicos reutilizáveis, combinados com tinta à base de óleo e uma prensa adaptada.
O resultado é a Bíblia de 42 linhas, conhecida como Bíblia de Gutenberg, com cerca de 180 exemplares produzidos em papel e pergaminho.
IMPORTÂNCIA
CULTURAL
A Bíblia de Gutenberg não foi o primeiro livro impresso do mundo, mas foi o primeiro grande livro impresso no Ocidente com tipos móveis metálicos.
Sua invenção democratizou o acesso ao conhecimento, antes restrito a monges e elites.
A imprensa abriu caminho para o Renascimento, a Reforma Protestante e a Revolução Científica, transformando a história da humanidade.
Hoje, a Bíblia de Gutenberg é considerada um dos livros mais valiosos do mundo, preservado em bibliotecas e museus. Mais do que um objeto histórico, ela simboliza o início da era da informação, um divisor de águas que mudou para sempre a forma como o ser humano compartilha ideias.
©
Alberto Araújo
Focus
Portal Cultural
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