domingo, 7 de setembro de 2025

HOMENAGEM A AFFONSO SOARES - PRESIDENTE WALTER FONTES DO CLUBE DE ESPERANTO DE NITERÓI

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No coração do Salão Nobre da Academia Fluminense de Letras, sob a presidência da acadêmica Márcia Peçanha, realizou-se uma cerimônia marcada pela emoção, pela história e pela gratidão. Organizado por Walter Fontes, presidente do Clube de Esperanto de Niterói, e coauxiliado por um dedicado grupo de colaboradores: Graça Thuler, Márcia Peçanha, Maria Otília Camillo, Gracinha Rêgo, Dirce Salles e Paulo Sergio Viana e outros. O evento prestou justa homenagem a um homem cuja vida se fez ponte entre culturas, idiomas e ideais: Affonso Borges Gallego Soares. 

Mais do que um esperantista, Affonso é um artífice de encontros, um construtor de laços entre povos, línguas e corações, unindo o Espiritismo e o Esperanto em uma trajetória de dedicação e serviço à humanidade. O Esperanto e o Espiritismo partilham uma afinidade profunda: ambos se erguem sobre os pilares da união, da fraternidade, da paz e da solidariedade entre os povos. No movimento espírita brasileiro, o Esperanto é reconhecido como instrumento de unificação e, segundo a doutrina, um projeto da espiritualidade superior para a regeneração do mundo, um meio de promover a compreensão mútua e a harmonia universal. 

O legado de Affonso Soares. Nascido no Rio de Janeiro, em 28 de outubro de 1940, Affonso construiu sua carreira no Banco Nacional de Minas Gerais e no Banco do Brasil, aposentando-se em 1990. Sua verdadeira obra, porém, floresceu no campo das ideias e da fraternidade. 

No Espiritismo, sua jornada teve início em 1958, inspirada por um amigo e fortalecida pela leitura das obras de Allan Kardec, Francisco Cândido Xavier, Yvonne do Amaral Pereira e outros grandes nomes. 

No Esperanto, seu caminho foi singular: em 1963, por orientação espiritual atribuída a Bezerra de Menezes, iniciou-se no idioma universal criado por Zamenhof, reconhecendo nele não apenas uma língua, mas um ideal de justiça e fraternidade. 

Pioneiro, levou o Espiritismo a um Congresso Universal de Esperanto, em Varsóvia, no ano de 1987. Tradutor incansável, verteu para o Esperanto obras fundamentais como A Gênese, Obras Póstumas, Memórias de um Suicida e O Porquê da Vida, muitas delas diretamente dos originais franceses. 

Para Affonso, o Esperanto possui uma “alma” — força que resiste a preconceitos e barreiras, sustentando o ideal de união entre todos os povos. 

Sua influência ultrapassou fronteiras: inspirou jovens como o polonês Przemek e grupos de estudo como o liderado por Sevdiye Katircioglu, na Turquia, reafirmando que seu trabalho é verdadeiramente internacional. 

Affonso Borges Gallego Soares é mais que um nome na história do Esperanto e do Espiritismo: é um símbolo vivo de perseverança, fé e fraternidade. Sua vida testemunha que a palavra, quando guiada por ideais elevados, é capaz de transformar consciências e aproximar nações.

Ao celebrarmos sua trajetória, celebramos também o poder do diálogo, da cultura e da espiritualidade como instrumentos de paz. Que seu exemplo continue a inspirar gerações a trabalhar, como ele, pela união dos povos sob a bandeira da Justiça e Fraternidade. 



SOBRE O ESPERANTO 

O Esperanto é um idioma internacional, criado para ser falado por todos os povos. Seu idealizador, Lázaro Luiz Zamenhof, nasceu em 15 de dezembro de 1859, na cidade polonesa de Białystok, então sob domínio russo. 

O Espiritismo e o Esperanto se encontram em seus objetivos: promover a paz, a solidariedade e a superação de preconceitos de raça, cor ou religião, para que pessoas e nações convivam em harmonia. 

Vivemos ainda em um planeta de provas e expiações, mas em transição para um mundo de paz, justiça e solidariedade. Todas as forças do Bem são chamadas para essa renovação e entre elas, o Espiritismo e o Esperanto. 

O PROPÓSITO DO ESPERANTO 

O Esperanto é um idioma neutro, criado para ser falado por pessoas de todas as nações, sem privilegiar uma cultura específica. Com apenas 16 regras gramaticais, sem exceções, é de fácil aprendizado e promove a comunicação e a troca de conhecimentos entre diferentes povos.

Ao facilitar o entendimento e a aproximação, o Esperanto se torna um instrumento eficaz para a construção da paz e da harmonia no mundo. 

LUDWIK LEJZER ZAMENHOF 

Ludwik Lejzer Zamenhof (1859–1917) - foi um oftalmologista polonês-judeu, criador do Esperanto, a língua auxiliar mais falada no mundo. Poliglota, dominava russo, iídiche, polonês, alemão, francês, latim, grego, hebraico e inglês, além de ter estudado italiano, espanhol e lituano. 

Em reconhecimento à sua contribuição para o diálogo intercultural, a UNESCO o incluiu, em 2017, entre as personalidades eminentes no centenário de sua morte.

Márcia Pessanha, Affonso Soares e Walter Fontes

© Alberto Araújo

Focus Portal Cultural





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