A imagem de Renata Clarke-Gray,
registrada em sua página no Facebook, mostra muito mais do que uma cena de
celebração à beira-mar. O gesto de erguer uma taça de champanhe ao pôr do sol,
em Grenada, no Caribe, simboliza uma trajetória marcada pela literatura, pela
arte e pela construção de pontes culturais. Renata é, antes de tudo, uma mulher
que transformou sua vida em obra, e sua obra em legado.
O sol se despede em tons de ouro,
tingindo o horizonte de uma promessa eterna. Na praia, onde o mar se encontra
com o céu em um abraço de luz, Renata ergue sua taça. O gesto é simples, mas
carrega a força simbólica de uma vida inteira dedicada à palavra e à criação.
Vestida de branco, como quem se
oferece ao entardecer em pureza e renovação, traz no colar dourado um reflexo
do próprio sol. Mas o que mais reluz não é o ouro, nem a espuma do champanhe: é
a trajetória de uma mulher que fez da literatura e da arte um território de
pertencimento e resistência.
Nascida em São Paulo, moldada pelas
brisas de João Pessoa e hoje enraizada no Caribe, Renata é uma viajante da
palavra. Escritora bilíngue, compositora, fotógrafa de pores do sol, sua obra é
um mosaico de identidades.
Entre suas muitas contribuições,
destaca-se sua longa participação como membro oficial da Rede Sem Fronteiras,
instituição que promove a literatura e a cultura brasileira em âmbito
internacional. Foi nesse espaço que integrou, em tempos memoráveis, a chamada
Equipe Dourada, sob a presidência da jornalista Dyandreia Portugal. Ao meu lado,
Álvaro Luiz Cardoso, Nina Fernandes, Valéria Lopes e o saudoso designer Marcos ajudou
a consolidar um núcleo de trabalho que se tornou referência pela dedicação,
criatividade e espírito colaborativo. Mais do que uma equipe, tratava-se de um
coletivo de afinidades, onde a amizade e a literatura se entrelaçavam em um
mesmo propósito: difundir a voz luso-brasileira além de suas fronteiras.
Essa dimensão coletiva não diminui sua
força individual, pelo contrário, a amplia. Renata é autora de textos
publicados em diversas antologias, pelas editoras Literarte, Rede Sem Fronteiras,
Letras Graciosas e Ações Literárias. Seu blog bilíngue, Shades of Clarke-Gray,
é um espaço de encontro com sua escrita, onde o leitor pode acompanhar
reflexões, crônicas e fragmentos de sua produção. Sua obra, marcada pela
sensibilidade e pela consciência social, reflete a pluralidade de sua vivência:
brasileira de origem, caribenha por escolha, cidadã do mundo por vocação.
Na Academia Internacional de
Literatura Brasileira (AILB), na Academia Inclusiva de Autores Brasilienses
(AIAB) e no Núcleo Accademico Italiano di Scienze, Lettere e Arti (NAISLA), sua
presença é sempre ponte, sempre travessia. Como colaboradora do Coletivo
Mulheres Artistas, coordena o projeto Vozes de Mulheres Artistas, dando espaço
e visibilidade a tantas criadoras que, como ela, sabem que a arte é também um
ato político de afirmação.
Na imagem, porém, não vemos apenas a
intelectual, a ativista, a escritora. Vemos a mulher que sabe celebrar. O
sorriso que oferece à câmera é o mesmo que oferece à vida: um sorriso de quem
reconhece a beleza do instante, mas também a luta que o antecedeu. O champanhe
borbulha como ideias em sua mente inquieta, como versos que se preparam para
nascer. Cada gole é um brinde à memória, à amizade, à literatura que a conecta
ao mundo.
E há algo de profundamente simbólico
em vê-la fotografar pores do sol. Para muitos, o entardecer é despedida. Para
Renata, é renascimento. Sua lente não captura o fim, mas o recomeço. Sua
escrita não se limita a narrar, mas a reinventar. Sua vida, espalhada entre São
Paulo, João Pessoa e Grenada, é a prova de que fronteiras são apenas linhas
imaginárias quando se tem a coragem de atravessá-las.
Renata Clarke-Gray é, ao mesmo tempo,
autora e personagem de sua própria crônica. É a mulher que brinda ao
entardecer, mas também a que escreve sobre ele. É a brasileira que carrega o
Nordeste no coração e o Caribe nos olhos. É a amiga que compartilhou jornadas
na Equipe Dourada, e a artista que segue iluminando caminhos com sua voz
singular.
No instante congelado pela fotografia,
o mundo parece caber em sua taça. E ao erguer o brinde, Renata não celebra
apenas a si mesma. Celebra a todos nós que, de alguma forma, fomos tocados por
sua arte, por sua presença, por sua coragem de ser ponte entre mundos.
Renata Clarke-Gray é, portanto, mais
do que uma escritora: é uma articuladora cultural, uma ponte entre línguas,
geografias e sensibilidades. Sua presença em academias, coletivos e redes
literárias reafirma a importância de sua voz no cenário internacional. E sua
imagem ao entardecer, brindando à vida, é a metáfora perfeita de sua
trajetória: uma mulher que transforma cada pôr do sol em recomeço, cada
fronteira em travessia, cada palavra em resistência.
Cheers, Renata. Que o sol continue se
pondo em sua direção, e que cada entardecer seja mais um capítulo da sua obra
infinita.
© Alberto Araújo
BIOGRAFIA
LÍRICA DE RENATA CLARKE-GRAY
A
vida de Renata Clarke-Gray é um itinerário de palavras, sons e imagens.
Escritora, compositora bilíngue, fotógrafa de pores do sol e articuladora
cultural, sua trajetória é marcada pela travessia entre geografias, línguas e
sensibilidades. Nascida em São Paulo, criada em João Pessoa e hoje residente em
Grenada, no Caribe, Renata construiu uma identidade literária que ultrapassa
fronteiras e se afirma como ponte entre culturas. Sua obra e sua atuação não se
limitam ao espaço individual da criação: expandem-se em redes, coletivos e
instituições que reconhecem nela uma voz singular e necessária.
Renata
é membro oficial da Rede Sem Fronteiras, instituição que promove a literatura e
a cultura brasileira em âmbito internacional. Nesse espaço, participou da
memorável Equipe Dourada, sob a presidência da jornalista Dyandreia Portugal,
ao lado de Alberto, Álvaro e Nina Fernandes. Esse núcleo tornou-se referência
pela dedicação, criatividade e espírito colaborativo, simbolizando a força da
literatura como elo entre pessoas e nações.
Sua
presença em academias literárias reforça sua relevância cultural. É integrante
da Academia Internacional de Literatura Brasileira (AILB), da Academia
Inclusiva de Autores Brasilienses (AIAB) e do Núcleo Accademico Italiano di
Scienze, Lettere e Arti (NAISLA). Em cada uma dessas instituições, Renata não
apenas ocupa um lugar: ela o transforma, levando consigo a pluralidade de sua
experiência e a convicção de que a literatura é um território de encontro.
Como
colaboradora do Coletivo Mulheres Artistas, coordena o projeto Vozes de
Mulheres Artistas, que dá visibilidade a criadoras de diferentes áreas,
reafirmando a arte como ato político e de afirmação feminina. Sua atuação é
marcada pela generosidade de abrir espaços, de criar redes de apoio e de
fortalecer a presença das mulheres no cenário cultural.
Renata
também é autora de textos publicados em diversas antologias, pelas editoras
Literarte, Rede Sem Fronteiras, Letras Graciosas e Ações Literárias. Seu blog,
Shades of Clarke-Gray, é um espaço de encontro com sua escrita, onde o leitor
pode acompanhar reflexões, crônicas e fragmentos de sua produção. Ali,
revela-se a escritora que transforma o cotidiano em poesia, que transita entre
o português e o inglês com naturalidade, que traduz em palavras a experiência
de viver entre mundos.
Sua
obra é marcada pela sensibilidade e pela consciência social. Ao mesmo tempo em
que celebra a beleza da vida, não se furta a refletir sobre os desafios da
existência contemporânea. Renata é uma artista que compreende a literatura como
resistência, como possibilidade de diálogo e como instrumento de transformação.
A
biografia de Renata Clarke-Gray é, em essência, uma narrativa de travessias.
Travessias geográficas, entre São Paulo, João Pessoa e Grenada. Travessias
linguísticas, entre o português e o inglês. Travessias culturais, entre
academias, coletivos e redes literárias. Em todas elas, permanece a mesma essência:
a de uma mulher que fez da arte um modo de viver e de compartilhar.
Renata
é mais do que uma escritora: é uma articuladora cultural, uma ponte entre
línguas, geografias e sensibilidades. Sua presença em instituições literárias e
coletivos reafirma a importância de sua voz no cenário internacional. Sua
trajetória é um convite para que todos nós reconheçamos na literatura não
apenas um espaço de expressão individual, mas um território de encontro, de
resistência e de esperança.
Renata Clarke-Gray é, portanto, autora
e personagem de sua própria história: uma brasileira que carrega o Nordeste no
coração, o Caribe nos olhos e o mundo na palavra.
© Alberto Araújo
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