terça-feira, 30 de setembro de 2025

RENATA CLARKE-GRAY - ENTRE FRONTEIRAS, VOZES E HORIZONTES O BRINDE DOURADO DE RENATA - CRÔNICA LÍRICA DE ALBERTO ARAÚJO

 


A imagem de Renata Clarke-Gray, registrada em sua página no Facebook, mostra muito mais do que uma cena de celebração à beira-mar. O gesto de erguer uma taça de champanhe ao pôr do sol, em Grenada, no Caribe, simboliza uma trajetória marcada pela literatura, pela arte e pela construção de pontes culturais. Renata é, antes de tudo, uma mulher que transformou sua vida em obra, e sua obra em legado.

 

O sol se despede em tons de ouro, tingindo o horizonte de uma promessa eterna. Na praia, onde o mar se encontra com o céu em um abraço de luz, Renata ergue sua taça. O gesto é simples, mas carrega a força simbólica de uma vida inteira dedicada à palavra e à criação.

 

Vestida de branco, como quem se oferece ao entardecer em pureza e renovação, traz no colar dourado um reflexo do próprio sol. Mas o que mais reluz não é o ouro, nem a espuma do champanhe: é a trajetória de uma mulher que fez da literatura e da arte um território de pertencimento e resistência.

 

Nascida em São Paulo, moldada pelas brisas de João Pessoa e hoje enraizada no Caribe, Renata é uma viajante da palavra. Escritora bilíngue, compositora, fotógrafa de pores do sol, sua obra é um mosaico de identidades.

 

Entre suas muitas contribuições, destaca-se sua longa participação como membro oficial da Rede Sem Fronteiras, instituição que promove a literatura e a cultura brasileira em âmbito internacional. Foi nesse espaço que integrou, em tempos memoráveis, a chamada Equipe Dourada, sob a presidência da jornalista Dyandreia Portugal. Ao meu lado, Álvaro Luiz Cardoso, Nina Fernandes, Valéria  Lopes e o saudoso designer Marcos ajudou a consolidar um núcleo de trabalho que se tornou referência pela dedicação, criatividade e espírito colaborativo. Mais do que uma equipe, tratava-se de um coletivo de afinidades, onde a amizade e a literatura se entrelaçavam em um mesmo propósito: difundir a voz luso-brasileira além de suas fronteiras.

 

Essa dimensão coletiva não diminui sua força individual, pelo contrário, a amplia. Renata é autora de textos publicados em diversas antologias, pelas editoras Literarte, Rede Sem Fronteiras, Letras Graciosas e Ações Literárias. Seu blog bilíngue, Shades of Clarke-Gray, é um espaço de encontro com sua escrita, onde o leitor pode acompanhar reflexões, crônicas e fragmentos de sua produção. Sua obra, marcada pela sensibilidade e pela consciência social, reflete a pluralidade de sua vivência: brasileira de origem, caribenha por escolha, cidadã do mundo por vocação.

 

Na Academia Internacional de Literatura Brasileira (AILB), na Academia Inclusiva de Autores Brasilienses (AIAB) e no Núcleo Accademico Italiano di Scienze, Lettere e Arti (NAISLA), sua presença é sempre ponte, sempre travessia. Como colaboradora do Coletivo Mulheres Artistas, coordena o projeto Vozes de Mulheres Artistas, dando espaço e visibilidade a tantas criadoras que, como ela, sabem que a arte é também um ato político de afirmação.

 

Na imagem, porém, não vemos apenas a intelectual, a ativista, a escritora. Vemos a mulher que sabe celebrar. O sorriso que oferece à câmera é o mesmo que oferece à vida: um sorriso de quem reconhece a beleza do instante, mas também a luta que o antecedeu. O champanhe borbulha como ideias em sua mente inquieta, como versos que se preparam para nascer. Cada gole é um brinde à memória, à amizade, à literatura que a conecta ao mundo.

 

E há algo de profundamente simbólico em vê-la fotografar pores do sol. Para muitos, o entardecer é despedida. Para Renata, é renascimento. Sua lente não captura o fim, mas o recomeço. Sua escrita não se limita a narrar, mas a reinventar. Sua vida, espalhada entre São Paulo, João Pessoa e Grenada, é a prova de que fronteiras são apenas linhas imaginárias quando se tem a coragem de atravessá-las.

 

Renata Clarke-Gray é, ao mesmo tempo, autora e personagem de sua própria crônica. É a mulher que brinda ao entardecer, mas também a que escreve sobre ele. É a brasileira que carrega o Nordeste no coração e o Caribe nos olhos. É a amiga que compartilhou jornadas na Equipe Dourada, e a artista que segue iluminando caminhos com sua voz singular.

 

No instante congelado pela fotografia, o mundo parece caber em sua taça. E ao erguer o brinde, Renata não celebra apenas a si mesma. Celebra a todos nós que, de alguma forma, fomos tocados por sua arte, por sua presença, por sua coragem de ser ponte entre mundos.

 

Renata Clarke-Gray é, portanto, mais do que uma escritora: é uma articuladora cultural, uma ponte entre línguas, geografias e sensibilidades. Sua presença em academias, coletivos e redes literárias reafirma a importância de sua voz no cenário internacional. E sua imagem ao entardecer, brindando à vida, é a metáfora perfeita de sua trajetória: uma mulher que transforma cada pôr do sol em recomeço, cada fronteira em travessia, cada palavra em resistência.

 

Cheers, Renata. Que o sol continue se pondo em sua direção, e que cada entardecer seja mais um capítulo da sua obra infinita.

 

© Alberto Araújo 




BIOGRAFIA LÍRICA DE  RENATA CLARKE-GRAY

A vida de Renata Clarke-Gray é um itinerário de palavras, sons e imagens. Escritora, compositora bilíngue, fotógrafa de pores do sol e articuladora cultural, sua trajetória é marcada pela travessia entre geografias, línguas e sensibilidades. Nascida em São Paulo, criada em João Pessoa e hoje residente em Grenada, no Caribe, Renata construiu uma identidade literária que ultrapassa fronteiras e se afirma como ponte entre culturas. Sua obra e sua atuação não se limitam ao espaço individual da criação: expandem-se em redes, coletivos e instituições que reconhecem nela uma voz singular e necessária.

Renata é membro oficial da Rede Sem Fronteiras, instituição que promove a literatura e a cultura brasileira em âmbito internacional. Nesse espaço, participou da memorável Equipe Dourada, sob a presidência da jornalista Dyandreia Portugal, ao lado de Alberto, Álvaro e Nina Fernandes. Esse núcleo tornou-se referência pela dedicação, criatividade e espírito colaborativo, simbolizando a força da literatura como elo entre pessoas e nações.

Sua presença em academias literárias reforça sua relevância cultural. É integrante da Academia Internacional de Literatura Brasileira (AILB), da Academia Inclusiva de Autores Brasilienses (AIAB) e do Núcleo Accademico Italiano di Scienze, Lettere e Arti (NAISLA). Em cada uma dessas instituições, Renata não apenas ocupa um lugar: ela o transforma, levando consigo a pluralidade de sua experiência e a convicção de que a literatura é um território de encontro.

Como colaboradora do Coletivo Mulheres Artistas, coordena o projeto Vozes de Mulheres Artistas, que dá visibilidade a criadoras de diferentes áreas, reafirmando a arte como ato político e de afirmação feminina. Sua atuação é marcada pela generosidade de abrir espaços, de criar redes de apoio e de fortalecer a presença das mulheres no cenário cultural.

Renata também é autora de textos publicados em diversas antologias, pelas editoras Literarte, Rede Sem Fronteiras, Letras Graciosas e Ações Literárias. Seu blog, Shades of Clarke-Gray, é um espaço de encontro com sua escrita, onde o leitor pode acompanhar reflexões, crônicas e fragmentos de sua produção. Ali, revela-se a escritora que transforma o cotidiano em poesia, que transita entre o português e o inglês com naturalidade, que traduz em palavras a experiência de viver entre mundos.

Sua obra é marcada pela sensibilidade e pela consciência social. Ao mesmo tempo em que celebra a beleza da vida, não se furta a refletir sobre os desafios da existência contemporânea. Renata é uma artista que compreende a literatura como resistência, como possibilidade de diálogo e como instrumento de transformação.

A biografia de Renata Clarke-Gray é, em essência, uma narrativa de travessias. Travessias geográficas, entre São Paulo, João Pessoa e Grenada. Travessias linguísticas, entre o português e o inglês. Travessias culturais, entre academias, coletivos e redes literárias. Em todas elas, permanece a mesma essência: a de uma mulher que fez da arte um modo de viver e de compartilhar.

Renata é mais do que uma escritora: é uma articuladora cultural, uma ponte entre línguas, geografias e sensibilidades. Sua presença em instituições literárias e coletivos reafirma a importância de sua voz no cenário internacional. Sua trajetória é um convite para que todos nós reconheçamos na literatura não apenas um espaço de expressão individual, mas um território de encontro, de resistência e de esperança.

Renata Clarke-Gray é, portanto, autora e personagem de sua própria história: uma brasileira que carrega o Nordeste no coração, o Caribe nos olhos e o mundo na palavra.

 

© Alberto Araújo





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